quarta-feira, 18 de julho de 2012

Apresentação



   A primeira vista pode parecer bizarro o título deste blog, “O Idiota Inteligente”, mas existe uma razão para isso, uma analogia ao princípio da dualidade e da contradição que pressupõe a simetria. Assim como o bem e o mal, o verso e reverso, entre outros infinitos exemplos que estão em toda natureza que nos permeia, é sintetizada perfeitamente, ao meu entender, no Yin-Yang, que se auto-completa perfazendo o Todo, constituindo em si mesmo o próprio equilíbrio universal, decorrente da anulação de um pelo outro, uma vez que não se pode ser os dois ao mesmo tempo.

    Isto posto, conclui após adquirir alguma maturidade, que deveria buscar a mim mesmo. Refletindo sobre a mística imagem do Yin-Yang consegui elaborar uma concepção baseada na Esfera. Segundo a Física ela constitui a forma mais elementar do universo, composta de partículas, ou esferas menores, que se atraem mutuamente e convergem para o centro, formando novamente a simples esfera; que está sempre em equilíbrio. Em sua forma perfeita, não tem arestas, e rolaria até o infinito se uma força contrária não opuser o seu impulso.

    Penso que se desejo melhorar alguma coisa em mim, devo partir desta estranha concepção fundamental e voltar-me para o centro, para dentro de mim mesmo, me recriando várias vezes durante meu processo, procurando manter sempre o equilíbrio, aparando as arestas na busca pelo meu melhoramento e quem sabe encontrar as respostas às perguntas que me imponho.

   Embora tenha demorado a descobrir algumas coisas, sou um admirador das ciências, da filosofia, da teologia, da logosofia, do Marcelo Gleiser, do Frei Betto e de qualquer de pessoa com quem possa conversar, sem dogmatismos, sobre qualquer coisa.

   Tenho meus motivos para ser um deísta convicto, embora acredite que vida neste planeta, ou qualquer outro, seja fruto do acaso cósmico, a nossa existência não, temos algum propósito aqui.

   Juntei todos esses ingredientes e misturei tudo numa sopa de letrinhas tentando elaborar algum juízo do que já assimilei. Rascunhei minhas “abobrinhas” e agora começo a colocá-las em ordem. Penso que não podemos passar indiferentes por nossa existência. A medida que os textos ficarem prontos vou postar neste blog. Afinal o que adianta fazer uma obra que ninguém possa criticar e/ou elogiar. Tenho certeza que alguma coisa de útil,  algum alento, poderá estar escrito aqui.

   É este o objetivo deste Blog, trocar percepções a respeito do que observamos da nossa experiência de vida, como somos únicos, cada um tem   as suas. Compartilhe, nós também temos muito o que aprender.

   A primeira “abobrinha” e que deu origem a este blog é: O traidor de si mesmo.

Abraços,

Luiz Otávio

2 comentários:

  1. Parabéns Luiz, o blog promete!
    Promete que suas reflexões, agora públicas, não permitirão sua existência passar indiferente, a começar pelo título que você diz a primeira vista parecer bizarro. Ele não parece bizarro, ele é bizarro. Bizarro não na acepção informal da palavra de ser esquisito, estranho, excêntrico, mas sim na acepção como adjetivo de ser dotada de magnanimidade e valenteia; brioso, nobre, generoso, liberal. Por tudo que eu penso que ele promete é que já o adicionei como favorito pessoal e como Favorito do meu blog Ilha de Pala.
    Como você sugere, espero que despertemos cada dia de nossa vida numa vigília infindável, se possível passiva, nos nossos relacionamentos. Talvez isso nos possibilite caminhar sem sermos traidores de nós mesmos.
    Vida longa para o blog e para o blogueiro!
    Um grande abraço,
    Roberto Lira

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  2. Caro Roberto, fico lisonjeado pelo seu elogio, sei que você não o faria só para ser gentil. Afinal estamos procurando o mesmo, nesse caso, alguma evolução. Penso que agora temos que expandir nossos horizontes, ou seja, compartilhar. na medida do possível precisamos intercambiar, trocar compreensões, e o melhor, de forma livre, espontânea, sem receios, ou reações de outrem.
    A liberdade de manifestar, consciente dela, é uma coisa curiosa, em qualquer ambiente onde estamos condicionados nós o fazemos de maneira comedida, que não expressa a verdade dos sentimentos. Como você, estou podendo experimentar essa "sensação" de liberdade.
    Não sei se aconteceu contigo, mas é como se estivesse com uma canga sobre os ombros.
    É uma pena que a maioria pessoas não conversem sobre estes temas em passeios, parques ou "pick-nicks". Nesses lugares como este sinto uma sensação tão agrádavel e disposição a refletir. Ressinto-me apenas, como já antecipei, da ausência de algumas companhias, mas como sempre, cairia no vazio orbitando sempre ao redor do mesmo assunto.

    Obrigado, meu caro Roberto.

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